terça-feira, 14 de junho de 2011

Abalo Sísmico no Acre

"O  tremor ocorreu no Brasil, a 104 km da cidade de Santa Rosa do Purus (AC) na manhã de terça-feira (14/06). Esse evento ocorreu a 546 km de profundidade e atingiu 4.3 graus de magnitude, abaixo das coordenadas 10.25S e 70.96W. O abalo foi consequencia de outro que se registrou no Peru, com magnitude de 4,1 graus.
 
Os tremores no Acre ocorrem como na Cordilheira dos Andes, informa post do Radar Global. Segundo a explicação, o Acre está sobre a placa tectônica da América do Sul e abaixo do Estado fica a ponta da placa de Nazca, que vem do Oceano Pacífico e está entrando sob a América do Sul.
 
Conforme o site Painel Global (www.painelglobal.com.br), que divulga os dados recebidos do Instituto de Pesquisas geológicas dos EUA - USGS, nas últimas 48 horas ocorreram 39 abalos tectônicos. Do total registrado, 30 foram sismos de baixa intensidade e 7 apresentaram magnitude moderada. Dois tremores foram classificados entre forte e muito forte: de 6,4 graus nas Ilhas Molucas e de 6 graus na costa das Ilha do Sul, na Nova Zelândia.
 
 
Mais de 30 réplicas sacudiram entre a segunda-feira e esta terça a cidade neozelandesa de Christchurch, que ontem foi atingida por dois fortes sismos que deixaram quase 50 feridos e danos materiais. "

 - Retirado do site http://www.projetoportal.org.br/

domingo, 5 de junho de 2011

Enchentes

                     



                     Todo rio ou corpo d’água tem uma área em todo seu entorno que costuma inundar em determinadas épocas do ano ou quando há um índice de precipitação muito grande aumentando a vazão e causando um transbordamento.

Portanto, essas inundações, também chamadas de enchentes, são muito comuns e são fenômenos naturais que ocorrem em todos os corpos d’água.
                      O problema é que com a construção de cidades à beira de rios, que não respeitam este limite natural de transbordamento, este fenômeno natural pode causar transtornos e até se tornar muito perigoso.
                      Outro fator que contribui para o agravamento das enchentes, principalmente nas grandes cidades, é o fato de que a maior parte do solo é impermeabilizada pelo asfalto e concreto, diminuindo a quantidade de água que poderia ser infiltrada e aumentando ainda mais a vazão dos corpos d’água.
                      Junta-se a isto, o fato de que a maioria da população das grandes cidades ainda joga lixo nas ruas entupindo os sistemas artificiais de escoamento projetados pelas prefeituras, e temos um quadro típico do período de chuvas no Brasil: dezenas de cidades alagadas e pessoas desabrigadas.
                     A questão é que uma vez instalada a cidade torna-se muito complexo sanar estes problemas. Uma cidade como São Paulo, por exemplo, que tem altos índices pluviométricos e ainda é a uma das maiores manchas urbanas do mundo, possui a maior parte de seu solo impermeabilizado, e ainda uma grande quantidade de pessoas de baixa renda que não possuem acesso às condições adequadas de destinação de seus resíduos. Tendo estes o destino quase sempre certo, de leitos de rios ou bueiros.
Ou seja, a questão das enchentes no Brasil, ou em qualquer lugar do mundo onde haja falta de planejamento, deixa de ser uma questão puramente ambiental (de condições de precipitação, ou vazão de corpos d’água) e passa a ser também, social, econômica, estrutural e até mesmo política.
                     Só este ano mais de 190 mil pessoas foram afetadas por enchentes apenas na região nordeste do país, tendo sido gastos mais de 540 milhões de reais.
                     Outro fator que agrava a situação das enchentes são as mudanças climáticas. Com o desequilíbrio do clima algumas regiões que possuíam um clima regular, permanecem a maior parte do ano sem receber chuva que, depois, cai de maneira torrencial causando as enchentes.
                     Em alguns lugares ainda, têm ocorrido enchentes pela necessidade de abertura repentina de vertedouros em determinadas barragens devido ao fato de estas se encontrarem acima do seu limite de armazenamento.



Fonte: http://www.infoescola.com/hidrografia/enchentes-no-brasil/

http://www.youtube.com/watch?v=oX7bo-8pbOk

Deslizamento

          

                 O deslizamento de terra é na verdade apenas uma categoria dos chamados “movimentos de massa”: processo de vertente que envolve o desprendimento e transporte de solo e/ou material rochoso encosta abaixo.

                 Os deslizamentos, assim como outros movimentos de massa, fazem parte da dinâmica natural de transformação e formação da crosta terrestre e estão relacionados também a fenômenos naturais como gravidade e variações climáticas.
                 Acontece que, quando estes movimentos acontecem em locais onde ocorre a ocupação humana os resultados podem ser desastrosos. Em uma situação de deslizamento, casas inteiras, rodovias e tudo o que estiver no caminho pode ser levado encosta abaixo ou acabar soterrado. O problema é que na maioria das vezes a situação poderia ser evitada.
                 Embora os deslizamentos e outros movimentos de massa sejam fenômenos naturais, alguns fatores externos relacionados à ocupação antrópica interferem decisivamente na ocorrência ou agravamento destes movimentos. O principal é a ocupação desordenada de encostas e morros que adicionam carga extra ao peso da massa sedimentada já existente ali e a consequente supressão da vegetação natural que deixa o solo ainda mais exposto a ação do intemperismo físico (meteorização mecânica).
                 O solo exposto sofre compactação devido ao impacto das gotas de chuva e acabam surgindo áreas de escoamento com o consequente surgimento de rachaduras e fendas que favorecem os deslizamentos. A construção de estradas em locais inadequados também contribui para a ocorrência de deslizamentos por causa das vibrações provocadas pelo tráfego intenso que acaba causando instabilidade nas encostas.
                 Quanto mais íngreme for a encosta, maior a possibilidade de que ocorram deslizamentos, mas outros fatores também são importantes. Em climas tropicais, como no Brasil, o índice de pluviosidade é geralmente alto o que faz com que o solo fique encharcado e favorecendo os movimentos de massa. Nesse ponto a presença de vegetação é fundamental pois ela reduz o impacto da chuva sobre o solo evitando a compactação e alguns tipos de plantas ainda possuem sistemas radiculares que favorecem a agregação do solo. Outro fator que favorece os movimentos de massa é o intemperismo químico (ou meteorização química) que provoca alterações na composição dos materiais do solo ou rochas devido a reações complexas com o oxigênio a própria água e outras substâncias.
                  Basicamente os deslizamentos de terra ocorrem quando o solo que está sobre uma camada rochosa sofre desagregação devido a alguns dos fatores citados acima e literalmente escorrega sobre essa camada. O que faz com que o solo permaneça coeso, dentre outras forças, é o atrito existente entre as partículas que o compõem e o leito de rocha. O deslizamento ocorrerá quando a força da gravidade atuando sobre a encosta for maior que o atrito existente entre as partículas.
                  Se o deslizamento ocorrer na presença de chuva, em locais íngremes com transporte de fragmentos de rocha e solo identificáveis, dizemos que ocorreu um “escorregamento” de terra. Já se o deslizamento ocorrer com presença intensa de água a ponto de não se poder identificar a parte líquida da sólida, dizemos que ocorreu uma “corrida de massa” ou simplesmente “corrida” ou “fluxo”. As corridas de massa são comuns em locais onde ocorre o degelo de geleiras. A massa de detritos escorre por vários quilômetros com velocidade variável dependendo da inclinação, altitude do local e quantidade e água, mas se a velocidade for muito alta e envolver uma grande quantidade de detritos dizemos que houve uma avalanche.
                  Já o escorregamento de terra percorre um caminho mais curto e os detritos costumam ficar depositados no sopé do morro ou montanha onde aconteceu o deslizamento.
                 Quando ocorrem deslizamentos (corrida de massa) de materiais de origem vulcânica eles são chamados de “lahars”. Estes deslizamentos característicos de locais com atividade vulcânica podem chegar a 150km/h.
                 Também podem ocorrer deslizamentos no fundo do mar. Alguns cientistas defendem que os tsunamis ocorridos em 1998 foram ocasionados por um desses movimentos de massa no fundo do oceano.

Como identificar um risco de deslizamento

                    Se você observar rachaduras ou fendas em alguma encosta, o surgimento de minas d’água, a inclinação anormal de postes ou árvores fique atento. Estes são sinais de que a qualquer momento podem ocorrer deslizamentos de terra na encosta. Avise imediatamente o corpo de bombeiros ou a defesa civil e os moradores próximos da área afetada para que saiam de casa em caso de chuva.
                    Evite a construção em zonas de risco e peça sempre permissão da prefeitura de sua cidade para escavar em encostas. Outra forma de evitar o deslizamento é não desmatando ou reflorestando as áreas de encosta, mas isso deve ser feito com a ajuda de algum profissional que poderá indicar quais tipos de plantas podem ser utilizadas no local. Geralmente árvores ou plantas com raízes curtas como a bananeira ou que acumulam água próxima a raiz como os coqueiros tendem a piorar a situação. Já gramíneas, capim e algumas qualidades de leguminosas ou outras plantas com raízes profundas tendem a manter a coesão do solo e protegê-lo evitando deslizamentos.

Como evitar o deslizamento por erosão


Existem duas formas:
                   
                   A primeira é repondo a vegetação para que a água que desce pelas encostas das montanhas perca a velocidade ou infiltre no solo criando a voçoroca .


                    A segunda, mais segura, é construir terraços em forma de degraus a fim de proteger o solo da ação das águas pluviais.

Fontes
http://www.defesacivil.gov.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deslizamento_de_terra



http://www.youtube.com/watch?v=Ny94aGWOXPw

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tremores de Terra - Painel Global

     Site ótimo para acompanhar os principais sismos e fenômenos do mundo. Fique alerta!

http://www.painelglobal.com.br/

Tremores de Terra - Ocorrências Históricas

Terremoto seguido de maremoto ocorrido em Lisboa, em 1755 (Fonte: www.google.com)
     Ao longo da História, sempre ocorreram terremotos e tsunamis, e alguns deles deixaram suas marcas até hoje. Será apresentado um breve histórico dos principais terremotos e maremotos antigos:
     Tremores antigos:
  • Sismo de Shaanxi de 1556, que causou a morte de 830 mil pessoas, na China.
  • Sismo de Lisboa de 1755de magnitude 9,0 , mantando 10 mil pessoas.
  • Sismo de São Francisco de 1906, de magnitude 8,0 , na famosa falha de San Andreas.
  • Grande sismo de Kantō de 1923, de magnitude 8,3 , com mais de 100 mil mortos, no Japão.
  • Sismo de Chillán de 1939, de magnitude 7,8 , matando 30 mil pessoas, no Chile.
  • Sismo de Valdivia de 1960, de magnitude 9,5 (a maior já registrada), matando 5700 pessoas, no Chile. Ele foi acompanhado de maremoto e até causou a erupção do vulcão Puyehue.
  • Sismo de Tangshan de 1976, de magnitude 7,5, matando mais de 240 mil pessoas, na China.

    Tremores recentes:
  • Sismo do Oceano Índico de 2004, de magnitude 9,3. Ele teve duração de 10 minutos (a maior já observada) e gerou um tsunami, matando mais de 230 mil pessoas e atingindo uma série de países, como índia, Indonésia, Sri Lanka, Tailândia e Malásia.
  • Sismo de Samatra de 2009, de magnitude 7,6 , deixando mais de mil mortos.
  • Sismo do Haiti de 2010, de magnitude 7,0 , mantando mais de 100 mil pessoas e afetando 3 milhões de habitantes.
  • Sismo do Chile de 2010, de magnitude 8,8 , causando a morte de mais de 700 pessoas.
  • Sismo de Sendai (Japão) de 2011, de magnitude 9,0 , acompanhado de maremoto. Ainda houve problemas relacionados a usinas nucleares. O Japão nunca mais será o mesmo.


     Terremotos no Brasil:
     A maioria dos brasileiros acredita que o Brasil é imune a terremotos, por estar em cima de uma placa tectônica, mas isso não é verdade. Há um amplo registro de terremotos no Brasil, os chamados sismos intraplaca. Já foram registrados sismos em todas as regiões do país, atingindo magnitudes superiores a 6,0.  


Relato do site da UnB sobre o sismo de João Câmara, no Brasil: http://vsites.unb.br/ig/sis/jc.htm

Observação: Quando se fala em magnitude de terremoto, é feita referência a uma escala logarítmica (que, por ser logarítmica, não possui limite inferior nem superior), criada por Richter, mas que não é a famosa "escala Richter" (esta escala é utilizada apenas para condições muito específicas). Diferentes fórmulas para o cálculo das magnitudes são utilizadas, dependendo da distância do epicentro até o observatório sismológico, geologia local da área, tamanho do terremoto, entre outros.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Tempestade de Areia

                           fonte: http://meteoribatejo.hostzi.com/2010/09/tempestade-de-areia/


      As tempestades de areia são comuns em regiões muito secas, árida e semi-árida, e que apresentam solo desprovido de vegetação. A intensidade dos ventos pode variar de acordo com a região, podendo ocorrer levantamento de poeira, menor intensidade, até as tempestades com ventos podendo chegar a mais de 100 km/h. As tempestades de areia também afetam a visibilidade.
     Nos desertos o enorme aquecimento do solo faz com que os ventos ganhem grande velocidade, ocasionando as tempestades. A quantidade de sedimentos que esses ventos podem transportar é impressionante, assim como a distância em que eles podem ser transportados. Estima-se que os ventos do deserto do Saara carreguem anualmente cerca de 260 milhões de toneladas de areia por ano para outra regiões, sendo que 35 milhões vão parar no oceano Atlântico.
     O fenômeno é natural, porém a ação humana como o desmatamento tende a agravar a situação. A situação é particularmente grave na China, ondes as tempestades de areia ameaçam soterrar 24 mil cidades pequenas e 30 mil quilomêtros de rodovia nas próximas décadas.
     O que fazer em uma tempestade de areia?
        Tempestades de areia ocorrem com frequência em regiões desérticas, e é fácil ficar perdido, desorientado e com falta de ar. Use óculos protetor ou cubra os olhos, e prenda um pano envolta da boca e do nariz. Se não tiver um abrigo disponível, deite e tente ficar fora da tempestade. Poeira e areia interfere nas transmissões de rádio, por isso esteja pronto para outro meios de sinalização. Se estiver dentro de um veiculo pare e espere, pois sua visibilidade será prejudicada. Evite áreas de ricos como os desertos e ande acompanhado de um guia experiente.

Fontes: http://www.geology.wisc.edu/courses/g115/projects03/bnysenbaum/sandstorms.htm
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-surgem-as-tempestades-de-areia
http://www.infoescola.com/fenomenos-naturais/tempestade-de-areia/

Vídeo:
        

                                                           

Tremores de Terra - Tsunamis

Uma das três vistas do Monte Fuji, por Hokusai: Desde a Antiguidade as maremotos já eram temidas.
Fonte: (www.google.com)
     Tanto os tsunamis quanto os terremotos possuem a mesma origem. No interior da Terra, os processos são os mesmos (pode-se dizer que o tsunami é um tipo de terremoto), e a diferença se dá quando as ondas sísmicas chegam na superfície: Enquanto para os terremotos a propagação se dá na própria terra, nos tsunamis as ondas se propagam na água. Para que um terremoto gere um tsunami, três condições devem ser obedecidas:

  1. O tremor deve ocorrer logo abaixo de um corpo d'água.
  2. Deve ser de magnitude moderada ou alta.
  3. Deve deslocar um grande volume de água.
     Em alto mar, eles costumam passar despercebidos, por possuírem pequena amplitude (tamanho vertical) e grande comprimento de onda (tamanho horizontal). Ao chegarem na costa, em que a espessura da lâmina d'água diminui bastante, ocorre um processo de empolamento (expansão volumétrica, que se traduz como aumento da amplitude das ondas), a velocidade da onda diminui de 800 km/h para 80 km/h e é causada uma enorme destruição.
Processo de Empolamento (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tsunamis)
     Curiosidades: 

  • Aproximadamente 80% dos tsunamis do mundo ocorrem no Oceano Pacífico.
  • Há uma variedade de tsunami chamada de megatsunami, em que as ondas ultrapassam 100 metros de altura. Houve um no Alaska que atingiu 520 metros de altura!


     Vídeos: