segunda-feira, 30 de maio de 2011

Conceitos Básicos - Ciclo das Rochas

As rochas podem ser classificadas em três grandes grupos:

  1. Rochas ígneas, que são as oriundas de magma (rocha fundida)
  2. Rochas sedimentares, que são formadas a partir de sedimentos
  3. Rochas metamórficas, que são formadas quando uma rocha (ígnea, sedimentar ou metamórfica) é submetida a condições de alta pressão e/ou temperatura.



fonte: www.google.com



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     O ciclo das rochas explica como as rochas são formadas e transformadas. Tomando o magma como ponto de partida, ele sofrerá resfriamento e soerguimento, dando origem a uma rocha ígnea. Esta rocha, com o passar do tempo, começará a sofrer intemperismo (tanto físico, que causa abrasão, quanto químico, que transforma um mineral em outro) e erosão, se fragmentando em pequenos grãos (sedimentos). Estes sedimentos serão transportados até uma bacia sedimentar, onde se depositarão. Cada vez mais e mais sedimentos se depositarão acima daqueles oriundos da rocha ígnea, e eles vão se compactando e descendo para maiores profundidades. Se eles ficarem em baixas profundidades, eles se transformarão numa rocha sedimentar, por meio de um processo conhecido como diagênese. Se eles forem para profundidades maiores, esta rocha sedimentar sofrerá metamorfismo e se tornará uma rocha metamórfica. Se a profundidade for maior ainda, a rocha entrará em fusão e se tornará magma, voltando para o início do ciclo.

Conceitos Básicos - Estrutura Interna da Terra

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     O interior da Terra pode ser classificado de acordo com dois parâmetros: Composicional, baseado na composição química dos diferentes minerais, e reológico (Reologia é a ciência que estuda o fluxo dos materiais), com base no estado em que os materiais se encontram. Tais classificações foram feitas com ajuda de métodos indiretos da Geofísica, como a sismologia, a sísmica e a gravimetria, além de estudos de rochas ígneas oriundas de diferentes profundidades.
     Classificação Composicional: Crosta - Manto - Núcleo (ver figura)

  • Crosta: Pode ser dividida em oceânica e continental. A oceânica é fina (entre 7 e 10 km) e máfica (possui menor porcentagem de sílica (SiO2), com minerais ricos em ferro e magnésio). A continental é grossa (entre 20 e 70 km) e félsica (possui maior porcentagem de sílica, com minerais ricos em silício e alumínio).
  • Manto: É tipicamente máfico e vai até a profundidade de 2900 km.
  • Núcleo: É rico nos elementos ferro e níquel, indo até 6400 km de profundidade.


     Classificação Reológica: Litosfera - Astenosfera - Mesosfera - Núcleo externo - Núcleo interno

  • Litosfera: Engloba a crosta e parte do Manto superior, possuindo espessura que varia de 50 a 200 km. Ela é caracterizada por ser rígida.
  • Astenosfera: Possui de 1 a 5% de material fundido, sendo plástica. Vai até a profundidade de 660 km.
  • Mesosfera: É sólida, indo até a profundidade de 2900 km.
  • Núcleo externo: Líquido, indo até 5100 km de profundidade.
  • Núcleo interno: Sólido, indo até 6400 km. 

Conceitos Básicos - Tectônica de Placas

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     Surgida em 1962, a Teoria da Tectônica de Placas é entendida nos dias de hoje como a descoberta que revolucionou e unificou a Geologia. Ela surgiu quando alguns cientistas notaram que as linhas costeiras de diversos continentes se encaixavam. Esse pensamento foi reforçado quando se descobriu que as rochas da costa leste da América do Sul e da costa oeste da África possuíam não só a mesma idade, mas também fósseis e dados climatológicos semelhantes. Por fim, explicou-se que o movimento das placas se dava a partir da convecção do manto e que havia um constante processo de reciclagem nas regiões dos limites das placas, com a sua destruição nas zonas em que elas se aproximam e com sua criação nas zonas em que elas se afastam.
     Há, basicamente, três tipos de limites de placas, sendo eles os limites divergentes, convergentes e transformantes. Os limites divergentes são aqueles em que as placas se separam, criando uma nova litosfera. Eles podem ocorrer nos oceanos, como a Dorsal Mesoatlântica, ou nos continentes, como o Vale do Reno. Os limites convergentes são aqueles em que as placas vão uma de encontro a outra, e ocorre a destruição de uma delas. Podem ser observados três casos de limites convergentes: Oceano - oceano, como acontece na Fossa das Marianas, oceano - continente, como na Cordilheira dos Andes, e continente - continente, como no Himalaia. Nos dois primeiros, ocorre um fenômeno chamado de subducção, em que uma das placas desce para baixo da outra, entrando em fusão. No último caso, a subducção não ocorre, pois, embora uma das placas cavalgue sobre a outra, a placa de baixo continua flutuando no manto. O último tipo de limite de placa é o das falhas transformantes, em que as placas deslizam horizontalmente uma em relação a outra, como na Falha de Santo André.
     O movimento das placas tectônicas é estudado de diversos modos, como pela observação do tempo entre as inversões magnéticas do assoalho oceânico, posicionamento astronômico e GPS. Os valores obtidos para a velocidade e o posicionamento das placas ajudam também a reconstruir o passado.
     Sabendo o sentido de deslocamento das placas e as idades das rochas do assoalho oceânico, foi possível voltar ao passado e descobir que as massas continentais vivem um ciclo de junções e separações, como aconteceu na Pangéia e na Rodínia.
     A Teoria da Tectônica de Placas foi um marco na história da ciência, tendo em vista que ela respondeu inúmeras perguntas, que antes eram consideradas inexplicáveis e que ela unificou os diversos ramos da Geologia.

domingo, 29 de maio de 2011

Boas Vindas!

     Na evolução do nosso planeta, os processos de adaptação às variáveis climáticas e à dinâmica interna muitas vezes geram desastres naturais, causados por fatores relacionados à erosão, intemperismo (degradação da rocha), movimento das placas tectônicas, entre outros fatores que venham causar perdas biológicas e materiais. 
     A relação do homem com a natureza ao longo da história evoluiu de uma total submissão e aceitação fatalista dos fenômenos da natureza a uma visão equivocada de dominação pela tecnologia. Obviamente, os avanços tecnológicos permitem hoje que a humanidade enfrente melhor os perigos decorrentes destes fenômenos. Assim, este blog visa destacar que, para a efetiva prevenção dos fenômenos naturais, as leis da natureza devem ser respeitadas. Ou seja, estes fenômenos devem ser bem conhecidos quanto à sua ocorrência, mecanismos e medidas de prevenção.

     "Desastres naturais podem ser definidos como o resultado do impacto de fenômenos naturais extremos ou intensos sobre um sistema social, causando sérios danos e prejuízos que excede a capacidade da comunidade ou da sociedade atingida em conviver com o impacto." (Tobin e Montz,1997; Marcelino, 2008).