segunda-feira, 30 de maio de 2011

Conceitos Básicos - Tectônica de Placas

fonte: www.google.com   
     Surgida em 1962, a Teoria da Tectônica de Placas é entendida nos dias de hoje como a descoberta que revolucionou e unificou a Geologia. Ela surgiu quando alguns cientistas notaram que as linhas costeiras de diversos continentes se encaixavam. Esse pensamento foi reforçado quando se descobriu que as rochas da costa leste da América do Sul e da costa oeste da África possuíam não só a mesma idade, mas também fósseis e dados climatológicos semelhantes. Por fim, explicou-se que o movimento das placas se dava a partir da convecção do manto e que havia um constante processo de reciclagem nas regiões dos limites das placas, com a sua destruição nas zonas em que elas se aproximam e com sua criação nas zonas em que elas se afastam.
     Há, basicamente, três tipos de limites de placas, sendo eles os limites divergentes, convergentes e transformantes. Os limites divergentes são aqueles em que as placas se separam, criando uma nova litosfera. Eles podem ocorrer nos oceanos, como a Dorsal Mesoatlântica, ou nos continentes, como o Vale do Reno. Os limites convergentes são aqueles em que as placas vão uma de encontro a outra, e ocorre a destruição de uma delas. Podem ser observados três casos de limites convergentes: Oceano - oceano, como acontece na Fossa das Marianas, oceano - continente, como na Cordilheira dos Andes, e continente - continente, como no Himalaia. Nos dois primeiros, ocorre um fenômeno chamado de subducção, em que uma das placas desce para baixo da outra, entrando em fusão. No último caso, a subducção não ocorre, pois, embora uma das placas cavalgue sobre a outra, a placa de baixo continua flutuando no manto. O último tipo de limite de placa é o das falhas transformantes, em que as placas deslizam horizontalmente uma em relação a outra, como na Falha de Santo André.
     O movimento das placas tectônicas é estudado de diversos modos, como pela observação do tempo entre as inversões magnéticas do assoalho oceânico, posicionamento astronômico e GPS. Os valores obtidos para a velocidade e o posicionamento das placas ajudam também a reconstruir o passado.
     Sabendo o sentido de deslocamento das placas e as idades das rochas do assoalho oceânico, foi possível voltar ao passado e descobir que as massas continentais vivem um ciclo de junções e separações, como aconteceu na Pangéia e na Rodínia.
     A Teoria da Tectônica de Placas foi um marco na história da ciência, tendo em vista que ela respondeu inúmeras perguntas, que antes eram consideradas inexplicáveis e que ela unificou os diversos ramos da Geologia.

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